Texto Dissertativo com base no texto de Damázio e Ferreira
(2007): Educação Escolar de Pessoas com surdez – Atendimento
Educacional Especializado – AEE em Construção.
A nova política de Educação Especial na perspectiva inclusiva vem
mostrar que devemos superar os modelos educacionais tradicionais e
excludentes, fortalecendo as práticas pedagógicas inclusivas que
favorecem o acesso ao conhecimento a todos os alunos.
A Escola Inclusiva deve estar preparada para receber todos os
alunos, com ou sem deficiência. Isso é fato! A organização deste
ambiente escolar inclusivo deve ser pensado de forma que atenda as
necessidades específicas de cada aluno. De acordo com as
especificidades deve-se procurar as melhores estratégias ou formas
de ensino para que todos tenham acesso ao conhecimento.
No caso das pessoas com surdez, o momento é de concretização de
novas práticas pedagógicas que valorizem as potencialidades desses
alunos.
O AEE para alunos com surdez, na proposta inclusiva,
estabelece como ponto de partida a compreensão e o reconhecimento do
potencial e das capacidades dessas pessoas, vislumbrando o seu pleno
desenvolvimento e aprendizagem. O atendimento as necessidades
educacionais específicas desses alunos é reconhecido e assegurado
por dispositivos legais, que determinam o direito a uma educação
bilíngue, em todo o processo educativo.
(Alves,2010:9)
Para garantir a esses alunos acesso ao
conhecimento e a aprendizagem, a escola precisa se organizar como um
ambiente estimulador, rico de possibilidades, onde possam vivenciar e
trocar experiências. Nessa perspectiva precisa-se pensar de que
forma a pessoa com surdez irá aprender os conteúdos curriculares na
escola comum.
A proposta Bilíngue é uma tendência que surgiu da
necessidade de se estabelecer uma forma unificada de comunicação,
dando direito a pessoa com surdez de utilizar duas línguas. A
língua da comunidade ouvinte, oral e escrita, e a língua da
comunidade surda, a língua de sinais. Essa proposta, segundo
especialista da área, é a mais apropriada, que consegue atender as
necessidades das pessoas com surdez.
Nessa perspectiva, o AEE em construção, refere-se a
busca de uma proposta que inclua todos os recursos possíveis,
metodologias, estratégias de ensino/aprendizagem, adequações de
materiais, parceria com outros profissionais, enfim, todo tipo de
recurso que possibilite aos alunos com surdez superar as barreiras
encontradas no ambiente escolar.
Além de participar das aulas do ensino comum, o aluno
com surdez deve receber atendimento educacional especializado na Sala
de Recurso Multifuncional. Esses atendimentos devem acontecer em
contra turno a sala comum e organizados de forma a favorecer que
esses alunos recebam ensino tanto em libras quanto em língua
portuguesa.
Por isso, de acordo
com Damázio e Ferreira (2007) : é necessário discutir que, mais do
que uma língua, as pessoas com surdez precisam de ambientes
educacionais estimuladores, que desafiem o pensamento e exercitem a
capacidade perceptiva-cognitiva... (Pág.50)
Para
receber alunos com surdez, o ambiente educacional deve estar
preparado para garantir a eles o acesso ao conhecimento. Os recursos
pedagógicos serão variados, dentre os quais, materiais concretos e
recursos visuais são importantíssimos como mostra a foto abaixo.
A professora do AEE utiliza recursos visuais e a Libras
para ensinar o aluno com surdez, em uma Sala de Recurso
Multifuncional.
Percebe-se
que para alcançar o sucesso de todo processo inclusivo precisa-se
rever as práticas pedagógicas existentes e buscar novas práticas.
A transformação é fundamental para conseguir atingir novos rumos.
A escola inclusiva deve pensar em todos, com suas particularidades,
cada aluno é um ser único! Os professores precisam planejar
pensando nas dificuldades de cada um. O desafio para os professores
consiste em como ensinar o conteúdo para todos os alunos da sala de
aula: aluno com surdez, deficiente intelectual, alunos com baixa
visão. Enfim, o planejamento deve considerar uma sala totalmente
heterogênea, essa é a realidade da escola inclusiva!
Os
professores do AEE tem um papel importante e fundamental nesse
processo de mediação entre o aluno com deficiência e os
professores do ensino comum. Assim como o de garantir que as práticas
pedagógicas sejam inovadoras, para atender especificidades de cada
aluno.
Referências
DAMÁZIO
& FERREIRA. Educação
Escolar de Pessoas com surdez – Atendimento Educacional
Especializado – AEE em Construção. 2007
Coletânia do MEC. A
Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: Abordagem
Bilíngue na Escolarização de Pessoas com Surdez. Brasília, 2010.
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