domingo, 9 de março de 2014

Texto para o Blog: PS (Pessoa com Surdez)

Texto Dissertativo com base no texto de Damázio e Ferreira (2007): Educação Escolar de Pessoas com surdez – Atendimento Educacional Especializado – AEE em Construção.


  A nova política de Educação Especial na perspectiva inclusiva vem mostrar que devemos superar os modelos educacionais tradicionais e excludentes, fortalecendo as práticas pedagógicas inclusivas que favorecem o acesso ao conhecimento a todos os alunos.
A Escola Inclusiva deve estar preparada para receber todos os alunos, com ou sem deficiência. Isso é fato! A organização deste ambiente escolar inclusivo deve ser pensado de forma que atenda as necessidades específicas de cada aluno. De acordo com as especificidades deve-se procurar as melhores estratégias ou formas de ensino para que todos tenham acesso ao conhecimento.
No caso das pessoas com surdez, o momento é de concretização de novas práticas pedagógicas que valorizem as potencialidades desses alunos.
O AEE para alunos com surdez, na proposta inclusiva, estabelece como ponto de partida a compreensão e o reconhecimento do potencial e das capacidades dessas pessoas, vislumbrando o seu pleno desenvolvimento e aprendizagem. O atendimento as necessidades educacionais específicas desses alunos é reconhecido e assegurado por dispositivos legais, que determinam o direito a uma educação bilíngue, em todo o processo educativo. (Alves,2010:9)

Para garantir a esses alunos acesso ao conhecimento e a aprendizagem, a escola precisa se organizar como um ambiente estimulador, rico de possibilidades, onde possam vivenciar e trocar experiências. Nessa perspectiva precisa-se pensar de que forma a pessoa com surdez irá aprender os conteúdos curriculares na escola comum.
A proposta Bilíngue é uma tendência que surgiu da necessidade de se estabelecer uma forma unificada de comunicação, dando direito a pessoa com surdez de utilizar duas línguas. A língua da comunidade ouvinte, oral e escrita, e a língua da comunidade surda, a língua de sinais. Essa proposta, segundo especialista da área, é a mais apropriada, que consegue atender as necessidades das pessoas com surdez.

 Nessa perspectiva, o AEE em construção, refere-se a busca de uma proposta que inclua todos os recursos possíveis, metodologias, estratégias de ensino/aprendizagem, adequações de materiais, parceria com outros profissionais, enfim, todo tipo de recurso que possibilite aos alunos com surdez superar as barreiras encontradas no ambiente escolar.


Além de participar das aulas do ensino comum, o aluno com surdez deve receber atendimento educacional especializado na Sala de Recurso Multifuncional. Esses atendimentos devem acontecer em contra turno a sala comum e organizados de forma a favorecer que esses alunos recebam ensino tanto em libras quanto em língua portuguesa.
Por isso, de acordo com Damázio e Ferreira (2007) : é necessário discutir que, mais do que uma língua, as pessoas com surdez precisam de ambientes educacionais estimuladores, que desafiem o pensamento e exercitem a capacidade perceptiva-cognitiva... (Pág.50)

Para receber alunos com surdez, o ambiente educacional deve estar preparado para garantir a eles o acesso ao conhecimento. Os recursos pedagógicos serão variados, dentre os quais, materiais concretos e recursos visuais são importantíssimos como mostra a foto abaixo.
A professora do AEE utiliza recursos visuais e a Libras para ensinar o aluno com surdez, em uma Sala de Recurso Multifuncional.




Percebe-se que para alcançar o sucesso de todo processo inclusivo precisa-se rever as práticas pedagógicas existentes e buscar novas práticas. A transformação é fundamental para conseguir atingir novos rumos. A escola inclusiva deve pensar em todos, com suas particularidades, cada aluno é um ser único! Os professores precisam planejar pensando nas dificuldades de cada um. O desafio para os professores consiste em como ensinar o conteúdo para todos os alunos da sala de aula: aluno com surdez, deficiente intelectual, alunos com baixa visão. Enfim, o planejamento deve considerar uma sala totalmente heterogênea, essa é a realidade da escola inclusiva!
Os professores do AEE tem um papel importante e fundamental nesse processo de mediação entre o aluno com deficiência e os professores do ensino comum. Assim como o de garantir que as práticas pedagógicas sejam inovadoras, para atender especificidades de cada aluno.


Referências

DAMÁZIO & FERREIRA. Educação Escolar de Pessoas com surdez – Atendimento Educacional Especializado – AEE em Construção. 2007
Coletânia do MEC. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: Abordagem Bilíngue na Escolarização de Pessoas com Surdez. Brasília, 2010.











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